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A vida inteira convivemos com o racismo velado da sociedade, ouvíamos relatos, presenciávamos situações, nos revoltávamos, mas não passava disso. Um belo dia, acordamos! Acordamos pra nossa realidade. A realidade do negro no nosso país. Um negro que não se assume negro. E não é uma questão de pele, de cabelo crespo... É questão de identidade! Onde o negro vai se espelhar? Carregamos séculos de inferiorização, de discriminação de pessoas que são influenciadas por ideias pré-concebidas. Temos que ter atitude, coragem pra assumir e se orgulhar de nossas raízes. Não queremos aceitação... Queremos igualdade!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ter em quem se espelhar e se orgulhar disso!


Em 2009, um garoto de cinco anos visitou com a família o então recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Jacob Philadelphia ficou conhecido em todo o país após uma foto em que aparece tocando a cabeça do presidente americano.

A conversa entre os dois não havia sido revelada até essa semana, quando o jornal The New York Times divulgou o que Obama e Jacob conversaram em uma das salas da Casa Branca.

O pai de Jacob, um fuzileiro naval, levou a família para conhecer Obama. Ao final do encontro, Jacob, vestido de acordo com a ocasião, disse que gostaria de saber se o cabelo de Obama era igual ao seu.

Segundo o New York Times, o diálogo foi o seguinte:

Jacob: “Eu queria saber se meu cabelo é igual ao seu”. Jacob falou tão baixo que Obama pediu para que o garoto repetisse a pergunta.

Ao entender a pergunta, Obama disse:

“Por que você mesmo não toca e vê?”

Obama então abaixa a cabeça até ficar da altura de Jacob, que não tocou a cabeça do presidente.

“Toca, cara!” disse Obama.

A famosa foto foi tirada nesse momento: Jacob estica o braço e toca o cabelo do presidente.

Ao levantar, Obama pergunta o que o menino achou.

“Sim, é igualzinho ao meu” respondeu Jacob.

Com a imagem, Obama reforçou sua imagem de símbolo entre os negros. O pai de Jacob, que hoje serve no Afeganistão, diz que “é importante para crianças negras verem um presidente negro. Você pode acreditar que qualquer posição é possível quando vê um negro a ocupando”.

Atualmente com oito anos, Jacob disse que ele certamente que quer ser presidente “ou piloto de testes”.

A foto de Obama com o garotinho ficou pendurada no Salão Oval da Casa Branca por mais de três anos e também em diversos gabinetes americanos.

Fonte: R7



Juntos somos agentes de transformação, conscientização e enfrentamento do racismo.
E juntos, vamos cada vez mais valorizar nossa identidade cultural!




Não frite os miolos!!  rs



É bem assim...




Dica de site pra quem curte Samba Rock.

Tem tudo sobre, como por exemplo onde "aprender" a dançar, que balada dançar, o que ouvir, a história, além de uma rádio que toca só o melhor do samba rock nacional e internacional.

"A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar." 


Sempre é bom refletir...







Sim!! A Rapunzel é black!!! rs



Também sonho com isso...



Dia 25 de Maio o continente africano celebrou seus 49 anos de independência.
E nós brasileiros, devemos comemorar também, pois grande parte da nossa formação e construção de identidade se deu com a união e colaboração africana.
Viva a África!!






Chega logo sexta-feira!!

Seria maravilhoso se tivesse esse evento em todas as capitais!


Boa tarde!!


quinta-feira, 24 de maio de 2012


Onde você guarda seu preconceito?

(por Flávio Herculano) 

Onde está o seu preconceito? Num gesto intolerante, de fúria e agressão, tipo “ataque neonazista”? Ou numa ação velada, na piada intransigente contada entre os conhecidos, em meio a um ambiente amistoso, como se fosse um gesto ocasional e sem conseqüências? Ou, ainda, está guardado num fio do subconsciente, disfarçado de uma falsa “aceitação” às minorias? Onde ele estiver, qualquer que seja a medida do seu preconceito, livre-se dele.

Com causas históricas e culturais, o preconceito nunca se extingue. Em algumas situações pode ate se atenuar, como no caso do racismo, do machismo e da homofobia, hoje considerados retrógrados, inaceitáveis em muitos ambientes. Mas, enraizado, o preconceito se desdobra, ganhando novas formas, de acordo com os valores vigentes na sociedade. Na era do consumo e das vaidades, se insurge contra os pobres e contra aqueles que não se enquadram em padrões estéticos cada dia mais estreitos... E por ai prossegue, formando um rosário de intolerância e rejeição. 

Vivemos nos renegando, virando as costas uns para os outros. São sulistas contra nordestinos, moralistas contra libertários, direitistas contra esquerdistas. Subjugamos o próximo mais por uma necessidade de auto-afirmação que, propriamente, por uma atitude de desprezo. É o branco que, ao julgar o negro inferior, se coloca um patamar acima, se sentindo mais confortável diante do infortúnio alheio. É o homem que, ao oprimir a mulher, conquistava mais espaços nos ambientes sociais e trabalhistas.

Mas bem que poderia ser o contrário, a começar pelas próprias minorias. O negro, que conhece a dor do racismo, acolhendo o pobre. O pobre, por sua vez, acolhendo o negro e a mulher. A mulher acolhendo o negro, o pobre e o homossexual... Daí por diante, de modo que o branco, o rico e o macho heterossexual reconhecessem essa harmonia, se integrando a ela, mesmo que por uma imposição cultural, de enquadramento numa nova ordem das relações sociais.

E quando falo em “acolher”, me refiro a algo muito superior à aceitação. Pois, quando nos propomos a aceitar o outro, também nos colocamos um degrau acima, mas ser estender a mão, para que ele alcance o mesmo nível. É, também, uma necessidade de auto-afirmação. Nos sentimos altruístas e, ante as demais pessoas, nos julgamos mais à frente e abertos as diferenças. Contudo, trata-se mais de um gesto de falsa ¨piedade¨ que de harmonia nas relações pessoais.

E você, quais os seus preconceitos e qual a dimensão deles? Reconheça-os, para pode livrar-se destas limitações. Aprenda a julgar as pessoas pelo caráter de cada um, e não por ranços sociais.

É isso que eu queria dizer...



A HISTÓRIA DO SAMBA ROCK






Dança simboliza a maior manifestação da cultura negra urbana de São Paulo



O samba-rock é uma típica manifestação popular: espontâneo, criativo e, ao mesmo tempo, embora seja um fenômeno de massa, completamente alternativo. Na nossa indústria cultural, toda e qualquer manifestação nascida na periferia e de difícil rotulação acaba crescendo e se criando sozinha. No caso do samba-rock, o grande diferencial é que, ao contrário do que se pensa, esse swing contagiante não é um gênero musical, e sim, um estilo de dança!
No final dos anos 60, na cidade de São Paulo, a população dos bairros periféricos da capital e do interior de São Paulo realizava muitas festas familiares que, originalmente, eram batizados, aniversários, noivados ou casamentos, mas sempre se transformavam em bailes.
Não demorou muito para que esses bailes invadissem os salões e danceterias, e, assim, nasciam os bailes nostalgia. Em um baile nostalgia, evento em que a dança samba-rock é predominante, toca-se vários gêneros musicais, como o rock´n´roll, o mambo, o soul, o samba, o jazz e o rithm´n´blues, todos ritmos populares nos anos 50 e, principalmente, nos anos 60 e 70. A confusão que fez com que a dança samba-rock fosse confundida com gênero musical começou quando, além de todos estes ritmos, nasceu também um estilo, uma batida, sincopada e com um swing irresistível: o mundo conhecia o “samba esquema novo” de Jorge Ben. Não era samba, não era rock, não era bossa nova, e era tudo isso ao mesmo tempo. Exatamente por isso, Jorge foi incompreendido pelos sambistas da época, era Jovem Guarda demais, pelos puristas da MPB, era rock demais… Pós-bossa nova, pré-tropicalismo, era o máximo.
Nas periferias de todo o Brasil caiu como uma bomba, principalmente no eixo Rio-São Paulo, onde os bailes já conheciam o jeito de se dançar inspirado nos passos marcados do funk e do soul, à la Black Power, misturada com os passos de rock´n´roll conhecidos nos filmes da sessão da tarde, à la “Nos Tempos Da Brilhantina”e, no Brasil, tudo isso ganhou o molho do samba e pronto, nascia a nova dança, o samba-rock! Embora os passos servissem para se dançar de tudo que os DJs da época tocavam, a verdade é que aquele som novo que Jorge Ben tinha inventado, caiu como uma luva naquele jeito gostoso de se dançar a dois. Daí, convencionou-se chamar o estilo de batida que ele inventou e que influenciou outros artistas, de samba-rock, daí a confusão de rotular assim o estilo de Jorge Ben, Bebeto, Cravo e Canela, Clube do Balanço, Luís Wagner, Marku Ribas e tantos outros.
É necessário que se compreenda essa definição de samba-rock quanto “dança”, e não quanto um gênero musical. Para que com isso, se evite a saturação do estilo genial criado por Jorge Ben e se valorize ainda mais o samba-rock quanto expressão corporal, que é a sua real importância como um bem cultural dos negros de São Paulo, onde a dança nasceu e se popularizou, não só na capital, mas em todo o interior do Estado. Sendo mais tarde exportado no Brasil e mundo afora, dando lições de habilidade, talento e criatividade, e principalmente de orgulho e auto-estima elevada, já que além de swing, o verdadeiro(a) apreciador(a) do samba-rock e frequentador(a) dos bailes nostalgia preza a elegância, a beleza, o charme, a vaidade e o desenvolvimento cultural e intelectual.






Que tal uma Barbie Black Power?



Bom dia!!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Linda semana para todos!!


Dica de livro para quem tem criança em casa e para quem não tem também! rs

Cabelo Ruim?
Autora: Neusa Baptista Pinto

A descoberta da beleza própria e a auto-aceitação são o assunto central deste livro. A história da amizade entre três meninas negras e pobres, que enfrentam as manifestações preconceituosas com relação ao seu cabelo crespo e vão, aos poucos, aprendendo a aceita-lo, a brincar com ele e amá-lo do jeito que é.



Um penteado pode significar bem mais do que modismo ou tendências. Assim são os penteados afros. 
Revelam além da personalidade, uma identidade cultural.
Quem tem sabe que é preciso uma certa dose de ousadia para assumi-los. 
Quem está passando pelo momento de transição sabe do que estou falando...
Mas o que importa mesmo é se sentir bem, sem perder a identidade, é claro!



"Procure imitar a si mesmo. Ao passar muito tempo a imitar os outros, pode acabar por deturpar a sua própria identidade." 
Inácio Dantas



Não mais...

sábado, 5 de maio de 2012

Deus é mais...

Hoje uma amiga postou no Facebook uma imagem da Santa Ceia, com Jesus Cristo e seus apóstolos negros, que penso ser apenas uma maneira de dizer que Jesus Cristo assume todas as formas, independente de cor, raça, religião, enfim...
Dai um infeliz que nem merece ser citado, disse que a imagem estava errada, que Jesus nunca foi "preto", demonstrando assim o preconceito que carrega dentro de si.
Claro que isso gerou um debate... rs
A imagem de um Jesus Cristo loiro, de olhos azuis foi livremente criada da imaginação fértil de uma sociedade racista. Como naquela época, com o Sol do deserto, um missionário e pregador judeu teria uma pele tão delicada e clara, cabelos lisos e sedosos?? Sem contar o nariz arrebitado e os olhos azuis.
Novamente digo, ele era JUDEU e não Europeu!!
Para os preconceituosos é difícil aceitar que Jesus Cristo foi uma homem comum, que jamais fez distinção ou se colocou acima de ninguém.
Fomos criados a imagem e semelhança do Pai, e penso que Jesus Cristo está acima de qualquer rótulo.

Enfim... era isso que eu queria dizer!!